segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

"Então me vens e me chega e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque assim que és..." éumasacanagemdooeste.

(de Caio F.)

sábado, 2 de janeiro de 2010

Me dão frio na barriga:

"For No One" dos Beatles.

O início de "Closer", onde Natalie Portman e Jude Law estão caminhando um em direção ao outro, com muito charme, ao som de "The Blowers Daughter" de Damien Rice.

Um abraço.

A música "16 minutos" de A Banda de Joseph Tourton.

Quando em "Elephant" Damien Rice sussurra, nos últimos segundos da música: "well, you know that's a lie."

O segundo refrão de "Lies" do filme Once.

"Sentimental" de Los Hermanos.

Duas cenas do filme "Do começo ao fim": a primeira é quando eles descobrem que vão ter que se separar e se abraçam e se beijam lindamente (como se fosse o último abraço e o último beijo) em meio à chuva e um céu azul-cinzento. A segunda é a cena final, quando eles se reencontram e os olhos são de uma felicidade tão irradiantes e a emoção é tão forte que é impossível não encher os olhos de lágrima. É uma cena muito forte.

"Echoes" de Pink Floyd.

A última estrofe se "Santa Chuva" na voz de Marcelo Camelo.

O trailer de Romeu e Julieta, na versão com Leonardo Di Caprio e Claire Danes.

"Atrás da porta" interpretada (literalmente) por Elis Regina num especial exibido na globo há alguns anos.

Caio Fernando Abreu.

A segunda parte de "Cheers Darlin' " de Damien Rice.

Xuxu tocando "Libertango" no Violoncelo.

"No surprises" de Radiohead.

Rodrigo Amarante em show com Marcelo Camelo, Bruno Medina e Rodrigo Barba.

"El tango de Roxanne" do filme Moulin Rouge.

"Pois é" por Marcelo Camelo durante o show do Coquetel Molotov de 2008.

"Mora na filosofia" de Caetano Veloso.

John Lennon, definitivamente.



E ainda tem muito tempo pela frente p'reu descobrir mais pessoas/músicas/filmes e afins que proporcionam frio na barriga.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

O futuro tem um coração antigo.











Há duas semanas venho pensando com mais intensidade (porque penso nisso esporadicamente) sobre apagar totalmente algumas pessoas da minha vida. Apagar tudo, tudo!...lembranças, cartas, conversas, fotos, tudo que me fizer lembrar essas pessoas – que nem em brilho eterno. É baseado no que essas lembranças representam hoje para mim que me vem à tona esse desejo de nunca mais ter essas pessoas no meu pensamento. Porque quando elas me vêem à mente, acompanhando as alegrias vêm as dores (fortíssimas e insuportáveis, diga-se de passagem). E, para mim, as dores pesam bem mais do que as alegrias. E é um sentimento tão devastador, tão fora de hora, tão anacrônico, que a minha impotência perante a ele é ridícula. Talvez chegue a ser patética porque minhas reações nessas situações surreais são impraticáveis por qualquer pessoa um pouco mais sã.

A solução mais prática e com 100% de sucesso no requisito “superação” é apagar completamente essas pessoas da minha lembrança. Porque, por mais que todos digam que com o tempo passa, que o tempo é isso, o tempo é aquilo, BLÁBLÁBLÁ. Isso só funciona praquelas pessoas que já superaram ou que são muito maduras nesse requisito. Desculpa, eu não sou. E apagando completamente a história vivida com a outra pessoa, fica tudo mais fácil e a dor passa a não existir. Nem a dor, nem os três segundos horripilantes antes da dor. Sim, existem uns 3 segundos de lag (acho que o neurônio levando a informação ao cérebro) antes de se sentir a pontada. E durante esses três segundos eu ainda tento lutar contra a informação produzida pelo meu sistema nervoso, desviando olhares, cantando, aumentando o volume da música, me fingindo de surda, mas não adianta! Ainda não consegui tapiar meus neurônios. E é na falta de habilidade de enrolar meus neurônios sensitivos/motores que me permito apagar essas pessoas da minha vida. Eu digo assim, se fosse possível, né? E apagaria sem nenhum remorso ou qualquer sentimento de culpa ou egoísmo. Porque há quem diga que se aprende com o sofrimento, que devemos tirar das coisas ruins uma lição de vida, mas convenhamos que conviver com essas dores é, no mínimo, sofredor. E já me basta o aquecimento global, a perda de biodiversidade em tooodos os continentes, o inaplicado direito dos animais e os problemas domésticos como sofrimento.

Enquanto alguns não sentem nada, me parece que os sentimentos em mim são e estão sempre à flor da pele. Os astros dizem que é a combinação do signo (áries) com o ascendente (câncer). Mau pra mim.